A necessidade duma corporação de bombeiros surgiu quando, na Travessa do Olival, em dezembro de 1873, deflagrou um incêndio de grandes dimensões.
No dia 5 de setembro de 1888, uma comissão de cidadãos flavienses, constituída por João Padrão, Bernardino Magalhães, Aníbal Barros, João Bravo, Francisco Martins, Carlos Oliveira e Ribeiro de Carvalho, apresentou uma petição, na Câmara Municipal, no sentido de se “organizar uma Companhia ou Associação de Bombeiros Voluntários”.
Embora os estatutos, aprovados a 15 de março de 1890, mencionem apenas o ano de 1889, é certo que o dia 3 de fevereiro foi o dia da fundação desta corporação. Com os estatutos aprovados, o 2.º sargento João Batista de Medeiros entrega à corporação um estandarte da sua autoria, benzido na Igreja Matriz em 3 de Fevereiro de 1891.
Júlio Montalvão Machado refere que, primeiramente, “houve secções (ou estações/esquadras) distribuídas pela vila”. Segundo escritos e fotografias da época, chegámos à conclusão que existiram cinco:
1ª Secção – Câmara Municipal (sede)
2ª Secção – Arrabalde/Rua do Tabolado
3ª Secção – Fosso do Picadeiro (à Avenida)
4ª Secção – Madalena (ao lado do edifício onde funcionou a Guarda Fiscal até 1967)
5ª Secção – Santo Amaro
A partir de finais de 1908, lia-se num jornal, existir uma estação central na rua do Tabolado que “vae ser supprimida, voltando a ser installada na Arcaria da praça-mercado uma estação de socorro”, passando a existir “uma estação de incêndios no populoso bairro da Magdalena”.